No Brasil, aproximadamente 1,4% da população doa sangue, o que representa 14 pessoas a cada mil habitantes e um total de 3.159.774 milhões de doações por ano aos serviços de hemoterapia, segundo dados do Ministério da Saúde (2022).
Esse percentual está dentro da recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), mas o desafio é manter os estoques de todo o país regulares, sem risco de desabastecimento.
O aposentado Antonio Roberto de Farias Araújo, 55 anos, morador do Jardim Ponte Rasa, zona leste da capital, faz parte dessa estatística e reconhece a importância de doar sangue regularmente. Ele, que tem o tipo sanguíneo O+, é voluntário há mais de 10 anos no posto de coleta do Hospital Municipal Dr. Carmino Caricchio, no Tatuapé, onde também é doador de plaquetas.
“Doei sangue pela primeira vez em 1996, época em que meu pai estava internado em outra unidade hospitalar, com insuficiência renal. Tratando-se de um familiar, vi a importância desse ato solidário e mobilizei outros 20 amigos, cujas doações, certamente, beneficiaram mais pessoas”, relembra.
Araújo também passou por outros momentos delicados que exigiram uma corrente de solidariedade, como foi o caso do acidente de moto envolvendo um amigo e o da sua mãe, que realizou cirurgia da aorta. “Após vivenciar essas situações, vi que doar sangue é compartilhar a vida. É um exercício de solidariedade e um ato de amor. Pessoas próximas a mim precisaram e eu estive ao lado delas, e hoje continuo ajudando quem precisa”, afirma.
Em mais de uma década colaborando diretamente com o Hospital Municipal Dr. Carmino Caricchio, Araújo contabiliza 80 doações de sangue e plaquetas. “Costumo voltar a cada dois meses, que é o intervalo para a doação de sangue, para homens; em todo esse tempo, só deixei de doar uma única vez porque estava com a pressão alta; faço de coração”, destaca o aposentado.
Seguro, o processo inteiro de doação de sangue dura menos de uma hora, retira no máximo 450ml deste tecido líquido vital e pode salvar até quatro vidas. São pessoas que estão passando por tratamentos e intervenções médicas de grande complexidade, como transplantes, procedimentos oncológicos, transfusões e cirurgias, ou com doenças crônicas.
Para ser doador, é necessário observar as restrições em relação ao peso, idade e condições de saúde:
• ter entre 16 e 69 anos de idade, sendo que a primeira doação deve ter sido feita até 60 anos incompletos. Os doadores com menos de 18 anos devem estar acompanhados pelo responsável;
• pesar no mínimo 50kg;
• estar alimentado, porém sem refeições pesadas (gordurosas) nas três horas que antecedem a doação;
• portar documento oficial e original de identidade com foto e dentro do prazo de validade (RG, carteira profissional, carteira de habilitação).
Para tirar outras dúvidas sobre doação de sangue, acesse aqui.
Onde doar
Na capital, a Associação Beneficente de Coleta de Sangue (Colsan) é responsável pelos hemocentros na rede municipal de saúde, com três pontos de coleta ativos em hospitais municipais que ficam no Tatuapé, Ermelino Matarazzo e Aclimação.
Hospital Municipal Dr. Carmino Caricchio (Tatuapé)
Av. Celso Garcia, 4.815, Tatuapé
Telefone: (11) 2942-8094/3394-7081
Segunda a sábado, das 8h às 13h (exceto feriados)
Estacionamento gratuito por 2h: Rua Síria, 126 – Jet Autoposto
Hospital Municipal Alípio Correa Neto – Ermelino Matarazzo
Al. Rodrigo de Brum, 1.989
Telefone: (11) 2545-4652
Segunda a sábado, das 8h às 13h (exceto feriados)
Hospital do Servidor Público Municipal – Aclimação
R. Castro Alves, 60 – 4º andar (próximo ao Metrô Vergueiro)
Telefone: (11) 3277-5303
Segunda a sábado, das 8h às 12h30 (exceto feriados)