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Eduardo Micheletto

Cultura

06/06/2024

Maior Centro de Acolhida da cidade, Arsenal da Esperança atende 1.200 homens em situação de rua por dia

Durante as ações da 31ª edição do Programa Prefeitura Presente, o prefeito Ricardo Nunes visitou, na manhã desta quinta-feira (06), o Arsenal da Esperança, maior Centro de Acolhida da cidade de São Paulo, que atende diariamente até 1.200 homens em situação de rua na região da Mooca. Instalado na Rua Doutor Almeida Lima, 900 – o espaço é mantido pela Associação Assindes Sermig e pela Fraternidade da Esperança por meio de parceria com a Prefeitura de São Paulo.

 

Segundo o prefeito Ricardo Nunes, o trabalho desenvolvido em conjunto com a administração municipal não se resume apenas no acolhimento, mas, também, em outras ações focadas na reinserção das pessoas na sociedade e conquista da autonomia. “É um trabalho que acolhe 1.200 pessoas em situação de rua com a oferta de cursos profissionalizantes”, disse.

 

O equipamento assistencial oferece uma série de serviços essenciais que visam a geração de autonomia e renda, favorecendo o processo de saída das ruas.  Nele, o acolhido conta com alimentação, banho, atendimento social e cursos profissionalizantes, como padaria escola, lavanderia industrial, serralheria e marcenaria.

 

Flávio Rodrigues de Freitas, 47 anos, conta que morava no alojamento de uma churrascaria que trabalhava em Itatiba, mas perdeu o emprego e está acolhido há três meses. “Aqui a gente é tratado com respeito, como um ser humano merece. Me sinto bem, me sinto em casa”, aponta o acolhido que acaba de ser contratado para trabalhar nas dependências do equipamento.

 

“A estrutura é muito boa, temos cursos. Só depende de o acolhido ter o interesse de se capacitar e buscar algo melhor”, contou o instrutor de boxe, Valdir da Costa, 39 anos, que pretende fazer cursos na área de alimentação.

 

Durante a visita, o prefeito e a secretária municipal de Assistência e Desenvolvimento, Ciça Santos, conheceram as diversas instalações do Arsenal da Esperança, que incluem 6 dormitórios, bagageiro, cozinha industrial, refeitório, biblioteca, quadra poliesportiva, salas de TV e jogos, além de espaços dedicados aos cursos e oficinas ofertados no espaço.

 

 “O Arsenal é um parceiro de longa data, que contribui significativamente com um trabalho de acolhida, que vai além do abrigar, do alimentar, além de dar uma cama. Aqui se trabalha a reabilitação, aqui é dado a esses homens a chance de aprender uma profissão, de encontrar um novo caminho que leva a dignidade, a liberdade, a reconstrução da vida”, apontou a secretária Ciça Santos.

 

 

Rede Socioassistencial
A capital possui a maior rede socioassistencial da América Latina, com mais de 26 mil vagas de acolhimento para pessoas em situação de rua – sendo 1.500 emergenciais, para atendimento durante a Operação Baixas Temperaturas (OBT) - distribuídas em Centros de Acolhida, hotéis sociais, Repúblicas para Adultos, Vilas Reencontro, entre outros. 

 

O encaminhamento para os serviços de acolhimento da rede socioassistencial é feito pelos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), Centros de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), Centros de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro POP) e pelas equipes do Serviço Especializado de Abordagem Social (SEAS), que atua nas ruas da cidade, sempre de acordo com o perfil do indivíduo e com a tipologia do serviço, respeitando o histórico da pessoa ou família a ser acolhida.

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